Crianças do Rio Grande do Sul escrevendo Histórias destaca alunos da 15ª CRE
No dia 05 de novembro foi realizada a sessão de autógrafos do livro relativo ao Projeto Crianças do Rio Grande do Sul Escrevendo histórias, no Caís do Porto, em Porto Alegre, o evento que fez parte da feira do livro deste ano. Queremos destacar a participação dos alunos de nossa Escola Jaine Mazon e Paola da Silva Batisteli, alunas que foram classificadas e tiveram sua histórias publicadas No livro Crianças do Rio Grande Escrevendo História.
A redação do Blog ouviu as alunas classificada:
Redação: Qual a motivação em receber esse prêmio?
Alunas: Com esse prêmio motivou-nos cada vez mais a melhorar nosso vocabulário nossa escrita, se antes já buscávamos aperfeiçoar todos os trabalhos exigidos, agora muito mais, sabendo que eles serão conhecidos por todos os que praticam esse exercício.
Redação: Ao escrever a história tinha expectativa em ser classificada como um dos melhores trabalhos do estado do Rio Grande do Sul?
Alunas: Nós fizemos pensando em que poderia ser escolhido, mas era uma coisa abstrata, que não pensávamos realizar-se.
Redação: Depois desta classificação, qual sua pretensão enquanto estudante?
Alunas: Enquanto nós pudermos buscaremos novos horizontes, mais oportunidades, sempre presente a idéia de que quem tem um livro consigo, guarda uma relíquia, e a cada dia uma aventura será desbravada, você pode viajar para diversos lugares conhecer muitas coisas, sem nem mesmo precisar sair.
Redação: Que mensagem você deixa para os seus colegas.
Alunas: Resumidamente nós queríamos agradecer a todos que me incentivaram e incentivam a leitura, e que acreditam na nossa capacidade. Queríamos dizer que todos cada vez mais leiam, porque isso terá recompensa, nos trará frutos bons, pois a escola hoje está colhendo os os frutos de todo esse trabalho desenvolvido e esperamos que no próximo ano esteja também representada. Dedique-se porque poderá ser você a representa-la.
Conheça a história classificada:
Vida:
A araucária Protetora
Lá estava a velha araucária Vida – como gostava de ser chamada, devido aos centenários dos que por ali passavam - lembrando-se do passado glorioso.
Nascida há consideradas décadas passadas, em um pampa gaúcho, rodeada de outras esplêndidas espécies nativas, onde viveu maravilhosos momentos.
Vida lembra dos inúmeros animais que ali conviviam fazendo cócegas em seu imenso tronco, os quero-queros que a acordavam com seu canto, a brisa pura que embalava seu sono, as temporadas de pinhão apreciadas e reconhecidas por turistas de todo mundo, que saíam do caos da cidade para repousar no atrativo frio gaúcho.
As belas ninhadas de pássaros que aconchegavam-se em seus longos galhos para fazerem dali seu lar e construir uma numerosa família, dando, assim, continuidade à ilustre fauna que a cercava.
Lá na sua majestosa altura, Vida apreciava as águas cristalinas que faziam ondas no riacho para completar aquele exuberante cenário.
Desta forma, a centenária araucária sentia-se a nave-mãe da natureza, Mas, com a falta de consciência do homem, essa realidade começou a mudar.
Com a chegada das indústrias, da tecnologia, o ar puro tornou-se irrespirável e, pouco a pouco, ela foi ficando solitária.
A natureza, que antes e repleta de vida, foi sendo substituída pela destruição. As inúmeras espécies que ali residiam foram se transformando em móveis, ou simplesmente foram arrasadas pelo fogo ardente, que insistentemente por ali passava, animais foram morrendo, após terem seu habitat destruído, o cantar dos pássaros por aí era uma raridade.
Hoje em dia já não é mais apreciada por ninguém. As crianças, que antes passavam as tardes brincando e juntando pinhões, agora estão trancadas em casa, em meio a tanta tecnologia, jogando vídeo-game...
Apesar de tudo, vida continua ali. Agora, solitária, pensando o quanto o ser humano errou e sabendo das consequências, continua errando e fica culpando-se por não conseguir falar, alertar os seres humanos que tudo está para acabar.
Lá está vida com os braços, agora cansados, voltados para o céu. Horas penso que ela está tentando proteger o que resta – que não é muito – na natureza e horas penso que Vida está implorando a Deus que tenha piedade de nós - seres humanos- pelas nossas atitudes desastrosas.
Vida está sempre esperando o dia em que seus sonho serão interrompidos, de alguma forma, pelas mãos impediosas de um homem.
Hoje as pessoas olham para a vida e lembram da infância, tentando fugir da solidão que há em meio a tanta poluição sonora da cidade.
Mas ainda resta uma pequena esperança à vida, pois ela sabe que existe um ser maior, lá no céu, que está acima do bem e do mal e todo dia ela se curva para um pedido.
Janaina Michele Mazon e Paola da Silva Batisteli
7ª série – 13 anos
Professora Mari Tania Rossi.
A redação do blog direção, professores, funcionários, colegas e pais da escola lhes desejam muito sucesso e felicidades continuem escrevendo. Parabéns.
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